Nosso povo até que está acostumado com as sátiras... elas nos acompanham sem qualquer clemência e, sempre que podem, nos fazem pensar um pouquinho melhor, ou simplesmente pensar, o que diabo estamos vivendo ou, mais a caráter, com que diabos estamos metidos. A zoeira é a nossa filosofia nacional e nisso, convenhamos, somos os Aristóteles do planeta. A vida como ela é. Que brincadeira de mau gosto.
Os geniais Rafa Campos e Álvaro Maia nos introduzem, sem precedentes(?), à criança que baixa, serena e furiosa, a lança certeira em quem quer que lhe desafie às selvas. Sabe aquela selva amazônica, indígena, originária, ancestral, sul-americana, tá lembrado, nobilíssimo leitor? Essa aí! Ela está sozinha? Claro que não. Os folcloristas vão coçar a cabeça, paguem pra ver. Em poucas páginas e já estamos ali, rindo baixinho, entregues, gargalhando, numa representação fascinantemente próxima aos nossos sonhos mais reais. Reais demais.
É tudo muito natural. Os olhares da Kriança, os golpes catárticos, as tiradas precisas, o pensamento selvagem. Ninguém foi poupado. Nossa pequenina máquina de matar também convida você, indefeso leitor, a acompanhá-la nessa jornada de violência, sarcasmo, revolta e amor à Amazônia, onde não faltarão cabeças de fascistas enfeitando a mesa de jantar, imperialistas servindo de banquete às formigas e capangas do capital comendo grama pela raiz. Vocês vão suplicar por dez sagas dessa, temos certeza. Eu acho que vão, não é mesmo?
A Kriança está à solta, estejam avisados.
Ela está de olho!
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Os primeiros 500 números ganharão um adesivo surpresa, saciando a sede de vingança de muitos de nós.
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Autores
Rafa Campos e Álvaro Maia
Formato
Capa dura
160 páginas
23x16
Papel Pólem 90g
===> Envio previsto para o final de maio <===